Lúdio Cabral propõe que consórcio de saúde assuma a Santa Casa de Cuiabá para evitar fechamento

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) sugeriu uma solução para impedir o fechamento da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá: transferir a gestão da unidade para o Consórcio Intermunicipal de Saúde Vale do Rio Cuiabá (CISVARC). A proposta foi apresentada durante uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, em 19 de fevereiro. A sugestão surge após o Governo de Mato Grosso sinalizar que poderá encerrar as atividades do hospital com a inauguração do novo Hospital Central. Neste post, você vai entender a proposta de Lúdio Cabral, os impactos para a saúde pública e o que está em jogo para os ex-funcionários da instituição.

Por que a Santa Casa de Cuiabá pode ser fechada?

Desde que foi assumida pelo Governo de Mato Grosso em 2019, por meio de uma requisição administrativa, a Santa Casa está sob gestão direta do Estado. Com a iminente inauguração do Hospital Central, há planos para desativar a unidade. A proposta causou preocupação entre especialistas em saúde pública e parlamentares.

A proposta de Lúdio Cabral para manter a Santa Casa funcionando

Durante a audiência pública, Lúdio defendeu que o Estado desaproprie o imóvel da Santa Casa e transfira sua operação ao consórcio CISVARC, que já atende 11 municípios da Baixada Cuiabana. Segundo o deputado, essa seria uma forma de manter o hospital ativo com recursos já disponíveis.

“Recurso tem. Só na conta do Ministério da Saúde para custeio, o Estado tem quase R$ 500 milhões parados”, afirmou o parlamentar.

O papel do CISVARC na saúde pública

Atualmente, o CISVARC é responsável pela aquisição de medicamentos e insumos para municípios da Baixada Cuiabana. A presidência está nas mãos do prefeito de Nobres, José Domingos Fraga Filho. A proposta de gestão compartilhada poderia ampliar a atuação do consórcio e fortalecer a rede pública de saúde da região metropolitana.

Questões trabalhistas ainda não resolvidas

Outro ponto levantado por Lúdio Cabral é a dívida com os ex-funcionários da Santa Casa, que ultrapassa R$ 50 milhões. Para ele, a desapropriação do imóvel — avaliado em R$ 78 milhões — poderia ser usada para pagar essas indenizações.

“Foi o Poder Público que gerou esse passivo ao intervir. Não pode se eximir da responsabilidade.”

O que está em jogo para a saúde de Cuiabá

Fechar a Santa Casa significaria a perda de uma instituição com mais de 200 anos de história, que ajudou a construir a identidade da capital mato-grossense. Além disso, diminuiria a oferta de serviços hospitalares em uma região que ainda enfrenta desafios de infraestrutura e cobertura na saúde.

A Santa Casa precisa de uma solução viável

A proposta de Lúdio Cabral levanta um debate urgente: como manter viva uma das instituições de saúde mais tradicionais do estado e ainda resolver pendências jurídicas com seus ex-funcionários? A transferência de gestão para o consórcio CISVARC parece uma alternativa concreta e viável — desde que haja vontade política.

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